Agosto é um dos meses com o maior número de ocorrências com incêndio em vegetação. Em 2023, por exemplo, este foi o mês em que mais foram realizados atendimentos deste tipo. Por isso, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) traz dicas importantes sobre como evitar o início destes incêndios.
No CBMSC, as ocorrências com fogo no meio ambiente podem ser classificadas como incêndio florestal, incêndio em vegetação ou ainda incêndio em terreno baldio. Todas se referem a focos de incêndio em áreas abertas, e em sua maioria são causados pela ação humana. Isto ocorre quando alguém coloca fogo em entulhos, móveis ou lixo, por exemplo. Contudo, pequenas ações como jogar bitucas de cigarro acesas no solo, ou acender uma fogueira em um acampamento, por exemplo, podem dar início a incêndios de grandes proporções.
Já o incêndio florestal é considerado o fogo fora de controle em qualquer tipo de vegetação, seja na mata, em plantações seja em pastos. Todos os anos, esse tipo de acidente causa prejuízos não só para o meio ambiente, como coloca em risco o patrimônio e a vida de pessoas e animais silvestres.
Conforme dados da Divisão de Investigação de Incêndio do CBMSC, em 2023, os meses de agosto e janeiro registraram o maior número de incêndios florestais. Além da ação humana, fatores climáticos como a velocidade do vento e a umidade do ar e outros fatores naturais, como o relevo e o tipo de vegetação, podem potencializar a intervenção do homem.
Por isso, o CBMSC alerta para a importância da preservação do meio ambiente e cuidados básicos para não ser um causador de incêndios em vegetação.
Muitas vezes, as pessoas que acionam o CBMSC pelo telefone de emergência 193 informam que não tinham intenção de causar um incêndio, mas que, ao colocar fogo em um pouco de lixo, por exemplo, perderam o controle das chamas.
Entre as principais causas de incêndio registradas pelos bombeiros, estão:
Seguem algumas dicas que, apesar de simples, podem evitar as tragédias:
Seja diretamente ou indiretamente, o ser humano é negativamente afetado pelos incêndios em vegetação. A degradação do solo causada pelo fogo prejudica a agricultura, causando erosões, que, por sua vez, podem contribuir para o assoreamento de córregos e rios. Além disso, os incêndios podem causar a morte de diversos seres vivos, acarretando em desequilíbrios no ciclo da cadeia alimentar que podem ser irreversíveis.
A qualidade do ar também é afetada por estas intervenções, acentuadas pela diminuição das áreas verdes que contribuem para o aquecimento das cidades. A desregularização das chuvas e a fumaça também influenciam diretamente o efeito estufa, aumentando os riscos de doenças respiratórias.
A Lei 9.605/98, chamada de Lei de Crimes Ambientais, prevê multas e até prisão para quem provocar incêndios na mata ou floresta e para quem fabricar, transportar e soltar balões. Já a Lei 4.771/65, que institui o Código Florestal brasileiro, determina que para o uso do fogo controlado, o cidadão deve antes entrar em contato com o Ibama do seu estado.
A primeira orientação é avaliar o tamanho das chamas. Se o foco for pequeno, pode ser combatido por resfriamento (com água), ou por abafamento (jogando terra ou areia em cima do fogo, por exemplo). Entretanto, como o fogo em vegetação é muito perigoso, pode se alastrar rapidamente. Por isso, logo que notar que as chamas estão fora de controle, ligue para os bombeiros através do número de emergência 193.
Quanto antes, maior será a probabilidade de concluir o incêndio com êxito. Jamais coloque sua vida em risco e mantenha-se a uma distância segura do fogo.
Por: Redação | CBMSC